Apesar da convicção de que a política é uma questão secular, e apesar dos riscos a suas instituições, igrejas de diversas denominações têm se aliado, na Ucrânia, e exigido a resolução pacífica da crise que hoje divide o país.
O arcebispo fala rindo, com orgulho, dos padres de sua igreja que foram fotografados, nos últimos dias, lendo a Bíblia entre a fileira de policiais e a barricada da praça da Independência, onde manifestantes foram mortos no dia 22, em confronto.
"Ele não sabia o que fazer, então ficou ali, lendo, por 1h30. Padres agiram como escudos humanos para prevenir a violência."
Shevchuk nota que, como homem de fé, seu dever não é apresentar soluções políticas, e sim insistir no diálogo. "Mas é difícil superar a violência contra os protestos, então decidimos atuar", diz.
"Fomos à praça da Independência e explicamos ao povo que o diálogo era preciso. Eles gritaram nos agradecendo", afirma o arcebispo.
"Estamos aqui para acalmar o desejo de vingança das pessoas, que é forte."
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